sexta-feira, 8 de abril de 2011

Carta ao Professor


Querido Ricardo,

Venho por meio desta expressar minha angustia: não tem jeito, terei que chutar o balde.

Sim, após ler essa mensagem você pode concluir que isso é idealização, transferência e projeção. Não me importo.

A única coisa que me importa agora é me libertar desse platonismo pseudo amoroso que mora no meu silencio e que me abarcou desde a primeira vez que te ouvi.

Sim, ouvi.

Foi seu conteúdo, o que saiu de sua mente – pela sua boca super delicia – que me atraiu, me tirou o sono e provocou pensamentos sujos (intelecto-erotizados, mas ainda assim, sujos).

Todo aquele papo de física e metafísica; as possíveis confirmações cientificas sobre as 11 dimensões, traduziam-se em minha mente como as 11 possibilidades possíveis de minha matéria se misturar à sua...

Sua didática, dialética, repertorio...seus gens piram os meus.

Pensei em esperar nosso vinculo acadêmico caducar para explanar toda essa ciranda que anda girando em minha cabecinha mas não vou não.

Ahhhh, não vou mesmo!

Deixo claro que essa iniciativa não em nada haver com conquista de notas altas ou ter algum privilegio, por favor.

A única vantagem que quero tirar disso materializa-se como um produto da indústria têxtil e é feita de algodão.