segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Capão Redondo, Literatura Periférica e o mais da Vida....

Depois de varios lindos (e frios) dias em na Periferia de São Paulo, "cá estoy en mi casa".
Estava morrendo de saudades das minhas plantas....nossa, como elas cresceram.

Acho que eu também cresci nesse tempinho.

Fomos eu e Tia Preta em busca de uma vivencia literária e certamente (por que sei que ela concorda) a tivemos, porém, não é a unica novidade na nossa "bagagem interna".

Pois bem, o primeiro Sarau que fomos foi no Bar do Binho, que rola às segundas-ferias.
O Binho é massa, como eles dizem. Começou há, aproximadamente, 15 anos o movimento literário que agora se espalha por varios pontos da Periferia.
Além do belo da poesia, do forte dos protestos, eles tem o pior pastel de Sao Paulo!
Nesse dia li um fragmento de Agua-Viva da Clarice, que (nossa!), significa muito pra mim.

Por conta de um desvio do destino, na quarta-feira tivemos o desprazer de não irmos à Cooperifa para termos o imensoooo privilegio de conhecer o Mucho e seu bar "da hora".
Nessa noite estávamos Tia Preta, Jonathan e Luan. Muitas idéias e informações fervendo meu cabeção e fazendo meu coração quase sair pela boca...rss

Na quinta, sarau da Fundão.
Esse foi demais. Um diferencial foi ver a galera da comunidade participando ativamente, não só lendo textos lindissimos de autores renomados como (e principalmente) compartilhando seus sentimentos e visao de mundo com sua propria poesia.
E muitas crianças. Nessa noite eu tinha levado um texto do Bartolomeu Campos de Queiroz que amo (!), do livro Indez, mas diante de toda aquela molecada resolvi contar a historia do Cocô.
Foi maravilhoso ver aqueles pequenos seres humanos rachando os biquinhos de tanto rir!
(Devo isso ao Sr José Matos, um grande contador de historias que conheci na primeira oficina que fiz com o Gregório. Ele contou essa historia tão maravilhosamente que nunca mais a esqueci).

No Panelafro dançamos Coco, vimos uma apresentação fortissima de umas danças afro meio ritualistas que nossa.....

Enfim....a outra novidade na bagagem interna veio da convivência com as pessoas da Periferia, além do circuito cultural; principalmente os amigos e a familia de Tia Preta.
Pessoas lindas, frágeis, doces, fortes, mas muitos lindas mesmo.

De simplicidade, de doação, de amor, de valores, de verdade ...de tudo.

Agradeço por ter sido contemplada com boas doses de esperança nesses dias.



Um comentário:

Rimas e Rumos disse...

Refletimos aquilo que existe dentro... mundo espelho! Pessoas reflexo! Tudo que tens, (e nada possui, porque isso sabemos, e é para todos nós) não por merecimento, mas por lei verde (lei da natureza), são frutos, sementes, e em breve, raízes!