Hoje, na oficina do Museu do Folclore, uma dupla cantou uma historia de Guimaraes Rosa chamada "A menina de lá", do livro Pequenas histórias.
Falava de Ninhinha, pequena e milagrosa.
Eu, longe de ser santa ou operar qualquer tipo de milagre, chorei pela morte de Ninhinha...pelo vazio que sua calma e simplicidade de criança dexou em mim quando desejou um caixão cor-de-rosa com verdes funebrilhos.
"Deixa...deixa..."
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Ontem minha mãe estava aqui.
Como não a conheço.
Como não nos conhecemos,
Como nos parecemos tanto.
Construídas pelos mesmos medos, sentimentos...tanta coisa herdada por mim durante uma gestação tão dificil.
A falta do amor de um determinado homem.
A fragilidade, angustia e medo da solidão - pontuados por ela mesma.
Mamãe tão linda.
Sorriso triste.
Brilho fosco nos olhos.
Mas, mesmo assim, tão linda....
Tão boa.....
A mim pareceu que ela espera que alguem a liberte dela mesma e extraia dela o que ha de melhor....
Engraçado ou não, por muitas e muitas vezes, também me sinto assim.
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